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Vacina que será testada no Brasil é a “melhor candidata” a ter sucesso contra coronavírus, diz cientista da OMS

jun 28, 2020

Para Soumya Swaminathan, o fato de a imunização estar na fase mais avançada de testes contribui para que os resultados sejam mais fáceis

A cientista-chefe da Organização Mundial de Saúde (OMS), Soumya Swaminathan, afirmou que a vacina que será testada no Brasil nos próximos meses é a “melhor candidata” a ter sucesso contra o coronavírus, pois está em uma fase mais avançada de estudos. A declaração foi feita na entrevista coletiva diária da organização sobre o combate ao coronavírus, nesta sexta-feira.

— No estágio em que eles estão, são provavelmente o melhor candidato, pois já avançaram para a fase dois. Começaram muito cedo com os estudos humanos e vão fazer testes em vários países. Então, é possível que eles tenham resultados bem cedo. Os testes da AstraZeneca vão atingir uma escala mais global, e isso é uma coisa que as companhias devem focar, em fazer testes em grande escala — afirmou Swaminathan.

A vacina da AstraZeneca está sendo testada sob supervisão da Universidade de Oxford, no Reino Unido. No dia 22, o Grupo Fleury anunciou que vai realizar a seleção de 2 mil candidatos brasileiros que participarão da terceira fase de testes. Com os brasileiros, serão, no total, cerca de 50 mil voluntários que participarão dos testes da vacina no mundo em diferentes estudos.

De acordo com o Grupo Fleury, a maioria dos brasileiros selecionados será de profissionais da área de saúde, homens e mulheres entre 18 e 55 anos. Eles serão divididos em dois grupos: um tomará a vacina e o outro será testado com a vacina-controle MenACWY, também conhecida como vacina meningocócica conjugada. Para saber a eficácia da vacina, os pesquisadores vão comparar os dois grupos: o percentual de pessoas vacinadas que não desenvolveu a doença e a proporção de indivíduos testados com a vacina-controle que acabou infectada pelo coronavírus.

Mais de US$ 30 bilhões são necessários, diz OMS

Mais de US$ 30 bilhões serão necessários para desenvolver testes, vacinas e tratamentos para o coronavírus, segundo a OMS. A iniciativa internacional ACT Accelerator, lançada no final de abril para acelerar o desenvolvimento, a produção e o acesso equitativo a novos diagnósticos, terapias e vacinas contra o novo coronavírus, exigirá US$ 31,3 bilhões nos próximos 12 meses, afirmou a agência em comunicado. Até o momento, foram prometidos US$ 3,4 bilhões.

— Portanto, são necessários US$ 27,9 bilhões adicionais, incluindo US$ 13,7 bilhões para cobrir necessidades imediatas. É um investimento que vale a pena fazer. Se não nos mobilizarmos agora, os custos humanos e as repercussões econômicas vão piorar — disse Ngozi Okonjo-Iweala, enviado especial para a iniciativa internacional, durante uma conferência de imprensa virtual.

— Embora esses números pareçam importantes, não são quando pensamos na alternativa. Se gastarmos bilhões agora, podemos evitar gastar milhares de bilhões depois. Precisamos agir agora e juntos — apontou.

Espera-se que os fundos permitam o desenvolvimento e distribuição de 500 milhões de testes e 245 milhões de tratamentos em países de baixa e média renda até meados de 2021 e 2 bilhões de doses de vacina em todo o mundo, metade dos quais em países de baixa e média renda até o final de 2021.

— Está claro que, para controlar a covid-19 e salvar vidas, precisamos de vacinas, diagnósticos e terapias eficazes, em volumes sem precedentes e em uma velocidade sem precedentes. E está claro que, como todos podem ser afetados pelo coronavírus, todos devem ter acesso a todas as ferramentas de prevenção, detecção e tratamento, e não apenas àqueles que podem pagar por elas — disse o diretor executivo da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Fonte: GaúchaZH/Estadão conteúdo

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