• 3 de maio de 2024 23:20

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Identificados focos de raiva herbívora em Alegrete e São Francisco

abr 22, 2024

Em março passado, o coordenador do PNCRH/RS, médico veterinário Wilson Hoffmeister Júnior, assinou um alerta sanitário para raiva dos herbívoros, através da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio- departamento de defesa agropecuária.

Produtores de Rosário do Sul devem ficar atentos a sinais de ataques de morcegos em regiões vizinhas a Alegrete.
 Em março passado, o coordenador do PNCRH/RS, médico veterinário Wilson Hoffmeister Júnior, assinou um alerta sanitário para raiva dos herbívoros, através da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio- departamento de defesa agropecuária. Os focos iniciais estavam em Alegrete, nas localidades de Tigre e Jacaquá. Considerando a possível evolução do foco de raiva herbívora para os demais municípios, que incluia Rosário do Sul que não possui casos mas está no raio de ação dos morcegos. A Gazeta entrevistou o médico veterinário Leonardo Nunes, da Inspetoria Veterinária local que falou sobre os focos, que já tinham se espalhado também para São Francisco de Assis.
 
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Como Rosário é limítrofe de Alegrete pede-se atenção aos produtores daquela região quanto a seus animais. No aviso datado de 14 de março, quando só Alegrete aparecia como foco, a nota da Secretaria de Agricultura considerou o grande número de agressões nos animais no vizinho município e que a raiva, se controla de forma preventiva através da diminuição de morcegos hematófagos e vacinação dos animais, solicitava a divulgação do alerta, para que “ o produtor rural, sabedor da enfermidade, providencie a vacinação e/ou revacinação para a raiva dos herbívoros em seus animais, bem como a localização de novos refúgios de morcegos, com a máxima brevidade e em todos os municípios acima citados”.
 
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Sobre isso, o médico veterinário Leonardo Nunes falou à Gazeta, destacando a atenção de produtores rurais que residem próximo aos limites dos municípios com focos, no caso Alegrete e também Cacequi (que não possui focos mas está mais próximo de onde tem), para que examinem seus animais e se caso identificar qualquer mordedura de morcegos que entrem em contato com a Inspetoria. As regiões de Rosário que seriam mais prováveis de ataques de morcegos contaminados seriam as mais próximas de Alegrete e São Francisco

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Os focos iniciais estavam em Alegrete, nas localidades de Tigre e Jacaquá. Considerando a possível evolução do foco de raiva herbívora para os demais municípios, que incluia Rosário do Sul que não possui casos mas está no raio de ação dos morcegos. A Gazeta entrevistou o médico veterinário Leonardo Nunes, da Inspetoria Veterinária local que falou sobre os focos, que já tinham se espalhado também para São Francisco de Assis. Como Rosário é limítrofe de Alegrete pede-se atenção aos produtores daquela região quanto a seus animais.

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No aviso datado de 14 de março, quando só Alegrete aparecia como foco, a nota da Secretaria de Agricultura considerou o grande número de agressões nos animais no vizinho município e que a raiva, se controla de forma preventiva através da diminuição de morcegos hematófagos e vacinação dos animais, solicitava a divulgação do alerta, para que “ o produtor rural, sabedor da enfermidade, providencie a vacinação e/ou revacinação para a raiva dos herbívoros em seus animais, bem como a localização de novos refúgios de morcegos, com a máxima brevidade e em todos os municípios acima citados”. diz a nota.

Sobre isso, o médico veterinário Leonardo Nunes falou à Gazeta, destacando a atenção de produtores rurais que residem próximo aos limites dos municípios com focos, no caso Alegrete e também Cacequi (que não possui focos mas está mais próximo de onde tem), para que examinem seus animais e se caso identificar qualquer mordedura de morcegos que entrem em contato com a Inspetoria.

“Os focos de raiva aconteceram nos municípios de Alegrete e São Francisco de Assis. Esses focos estão em propriedades do municípios onde existem furnas (um abrigo) de morcegos hematófagos, que estão contaminados com o vírus da raiva. Nem todo morcego pode portar a raiva,  mas nesses casos são”, explicou Leonardo que prosseguiu:

“Em Relação ao município de Rosário do Sul está no raio desse foco que poderá ter migração para cá, ou seja poderá vir algum morcego contaminado para cá como para abrigos como furnas (cavernas buracos todo de árvores, eucaliptos, casas abandonadas).

 

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A região que poderão entrar é onde tem cursos de água o Morcego gosta de ficar perto de água, rios córregos, oriento os produtores do município a observar animais equinos (principalmente por ser os primeiros a serem atacados) com mordidas região do pescoço ovinos nas orelhas, bovinos pescoço região do tronco e cola, região dos cascos e patas então os produtores deverão estar atentos a esses sinais se existem ataques de morcegos”, disse.

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As regiões de Rosário que seriam mais prováveis de ataques de morcegos contaminados seriam as mais próximas de Alegrete e São Francisco.

Mas também alertou que Cacequi, mesmo não tendo focos até o momento também entra na lista de prevenção:

“É um animal que voa e se desloca por longos percursos. Devemos ter cuidado também com regiões limítrofes como Cacequi que está mais próximo do foco e o 6º Distrito Touro Passo, local de remates Paraíso ( região da BR 290 na direção de Alegrete), onde poderá ter migração desses morcegos”, assinalou.

Ele reforçou que é um alerta aos produtores dessas regiões: “Indico a observação clínica dos animais. Se forem agredidos por morcego, proceda-se a vacinação o mais rápido possível, mas quem quiser vacinar pode, mas ela não é obrigatória”, lembra.

A Inspetoria Veterinária e Zootécnica de Rosário está localizada na rua João Brasil 911, ao lado da Emater em frente ao Sindicato Rural, centro da cidade. O fone para contato é 3231-1168.

Raiva Herbívora não tem cura e incubação leva até 60 dias após o ataque

Leonardo Nunes também informou sobre a doença e suas consequências. “Temos que ter em mente que não podemos brincar com a raiva herbívora que não em cura.

Ela tem um período de incubação de 60 dias, ou seja, do momento que o animal foi agredido o vírus vai desenvolver a doença de 30 a 60 dias depois da agressão. Esse período de incubação já começa com a paralisia do trem posterior do animal como sinal clínico que ele já contraiu a raiva pelo morcego. Tem a queda do quarto do animal e ele não consegue se movimentar, fica debilitado, se arrastando e pode ser confundido às vezes com intoxicação por maria mole. O produtor deve ficar alerta as mordeduras, agressão do morcego”, ponderou.

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Cuidados que o produtor deve ter

Duas observações importantes foram feitas pelo médico titular da Inspetoria Veterinária de Rosário. A primeira delas que que se pecuaristas enxergarem ferimentos por morcego devem comunicar a Inspetoria local, e que não devem manipular os animais: “Se animais com sinais clínicos como paralisia ou óbito, o produtor não deve manipulá-lo. Deve deixar ele íntegro, não abrir já que poderá se contaminar.

  A doença no ser humano pode ser transmissível pelo animal morto”.

 

Sobre a vacinação Nunes explicou que o imunizante existe nas casas veterinárias, mas que não é todo produtor que precisa vacinar seu rebanho. A atenção maior é nos locais próximos aos focos, estes poderão vacinar. “A escolha é do dono, pode vacinar com as três doses iniciais, e se não quiser não é obrigatório. A vacina é preventiva”, finaliza.

Divulgação/Secretaria de Agricultura.

 

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