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Covid-19 em crianças: às vésperas do retorno presencial das aulas, mortalidade infantil quintuplicou em janeiro

fev 6, 2022

Um levantamento realizado pela Globonews apontou que, em comparação ao mês de dezembro de 2021, no primeiro mês de 2022 os casos de crianças que morreram em decorrência de complicações da covid-19, quintuplicaram. 

Os dados de mortalidade infantil foram obtidos por meio de informações do Registro Civil do Portal da Transparência e a análise levou em consideração atestados de óbitos de todo o território brasileiro desde o começo da pandemia, em março de 2020, até o dia 28 de janeiro.

De acordo com o relatório, desde o início da pandemia, 343 crianças de 5 a 11 anos morreram em decorrência do novo coronavírus. Entre estes casos, 68 forma de crianças de 5 anos de idade. O número de mortes começou a se elevar em janeiro deste ano.

Segundo o Ministério da Saúde, o primeiro óbito aconteceu em 12 de março de 2020 e, desde então, “1 criança entre 5 a 11 anos morreu a cada 2 dias”. Em dezembro, foram registradas quatro mortes. Já em janeiro, o número subiu para 19 crianças.

Portanto, os dados demonstram que no início de 2022 houve um salto no número de óbitos de crianças. Neste cenário, em que o número de crianças contaminadas aumentou, assim como, o número de óbitos que se elevou de maneira significativa, estamos prestes ao retorno das aulas presenciais. Ainda que estejamos em meio à aplicação das primeiras doses para o público infantil (entre 5 e 11 anos), as crianças ainda não estarão com a imunização completa quando do início do ano letivo. Soma-se a isso, a propagação da variante Ômicron e subvariantes já identificadas. O resultado tem a tendência de ser preocupante para o público infantil. Dessa forma, quais medidas, de fato, estão sendo tomadas para que o retorno presencial das aulas ocorra de forma segura para a comunidade escolar e, sobretudo as crianças?

No dia 31 de janeiro, o governo do Estado publicou uma nota informativa que orienta sobre as medidas que as escolas devem adotar no retorno às aulas. Entre as orientações de limpeza e higienização, o governo indica que “todos os ambientes (salas, refeitórios, corredores, banheiros, pátios, etc.) devem ser higienizados antes de cada turno de aula – ou uso de alunos diferentes”. No entanto, a realidade das escolas públicas em diversos locais demonstra que, em cenário pré-pandêmico, as condições de higiene e limpeza, assim como a disponibilização de produtos básicos de higiene já eram precárias. Nesse sentido, o Estado garantirá, de que maneira, que essas medidas serão seguidas?

Ainda, a nota indica que os locais de toque intenso, como maçanetas e corrimãos, devem ser higienizados com maior frequência. Assim como, sugere a disponibilização de produtos de higiene, como sabonetes e álcool em gel em locais de fácil acesso aos estudantes. Porém, há 15 dias do início do ano letivo de 2022, como está a realidade das escolas estaduais e municipais para esse retorno?

O retorno às aulas divide opiniões entre especialistas. Alguns alegam que os prejuízos do afastamento são superiores aos da possibilidade de contágio da covid-19. Por outro lado, há especialistas que defendem que é prudente aguardar, pelo menos, mais um mês para monitorar o avanço da Ômicron e, a partir da situação identificada, avaliar as medidas mais seguras a serem tomadas.

Portanto, com base nas situações já identificadas no país e no mundo, o que se questiona é: qual é a garantia de que os protocolos sanitários serão seguidos? As escolas estão preparadas, em termos de pessoal, estrutura e organização, para atender estas demandas? O mais prudente não seria aguardar um cenário mais estável, com a imunização das crianças?

 

Reportagem: Laís Alende Prates

Contato: (55) 991726378

E-mail: laisalende@hotmail.com

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