Presídio Estadual de Alegrete tem surto de Covid entre agentes de segurança e detentos
Pelo menos 22 pessoas tiveram diagnóstico positivo para coronavírus. Apenados foram isolados e as visitas estão suspensas até 26 de maio. Susepe e Secretaria da Saúde acompanham os casos.
Foi confirmado nesta quarta-feira (12) um surto de Covid entre agentes da segurança pública e detentos no Presídio Estadual de Alegrete, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. Pelo menos um apenado foi internado, no domingo (9), no Hospital de Campanha da cidade. As visitas estão suspensas até 26 de maio.
A Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) diz que, tão logo os casos são detectados, os apenados vão para o isolamento, passam a ser monitorados constantemente pelo serviço de saúde da casa prisional, e um plano de contingência é acionado. A superintendência assegura que os agentes usam EPIs e seguem um protocolo sanitário constante, com verificação de temperatura e oxigenação na entrada, por exemplo.
Os casos começaram no dia 6 de maio, quando 29 pessoas, entre agentes e detentos, apresentaram sintomas. No mesmo dia, elas foram encaminhadas para a realização do teste RT-PCR no presídio.
Os cinco agentes testados tiveram diagnóstico positivo. Entre os apenados, dos 24 que fizeram o exame, 17 tiveram resultado positivo.
No dia 9, conforme a administração da penitenciária, uma equipe da Secretaria Municipal da Saúde foi até o local para acompanhar os detentos e passaram a monitorá-los diariamente.
Na terça (11), outros 60 presos e 12 agentes que estavam com sintomas ou tiveram contato com as pessoas que testaram positivo também fizeram exames. Os agentes foram afastados e os detentos isolados até que saiam os resultados dos testes.
O presídio tem capacidade para 56 detentos, mas 163 apenados estão no local. Em uma cela para seis pessoas, por exemplo, há 15.
A galeria onde foram detectados os casos foi isolada, e os presos não podem circular ou ter banho de sol.
Trabalham no local 30 agentes.
Todos tomaram ao menos a primeira dose da vacina da Astrazeneca/Oxford contra a Covid-19, em 29 de março, e aguardam o período para receberem a segunda dose no final de junho.