Postado por MetSul | 18/04/2021
Jamais uma tempestade tão intensa, com vento de quase 400 km/h, foi observada tão cedo no ano no planeta
O super tufão Surigae seguiu se intensificando de forma explosiva nas últimas horas e se transformou em uma das tempestades mais fortes do mundo na história.
O supertufão Surigae, conhecido localmente como Bising nas Filipinas, margeia partes das Filipinas com chuvas torrenciais, ventos fortes, ondas violentas e inundações costeiras no início desta semana, mas não deve tocar terra.
Surigae se converteu no tufão mais forte do mês de abril desde o início da era dos satélites. Ocorre que tem mais. A tempestade é bestial em intensidade.
Surigae continuou seu aprofundamento explosivo na manhã deste domingo. Atingiu uma pressão central mínima estimada entre 888 mb (milibares), de acordo com o Joint Typhoon Warning Center (JTWC), e 895 mb, segundo a Agência Meteorológica Japonesa.
A pressão extremamente baixa combinada com os ventos extremos do supertufão colocam a tempestade não apenas no topo dos recordes de tufões de abril, mas também perto do topo dos recordes para qualquer época do ano.
É absolutamente raro uma tempestade tão intensa tão cedo no ano. Somente 19 ciclones tropicais na história atingiram vento sustentado de 165 nós (305 km/h): 1 em junho, 2 em agosto, 7 em setembro, 4 em outubro, 3 em novembro e 2 em dezembro. Antes de Surigae, nenhum em abril e maio.
Para se ter ideia da força, a única comparação em intensidade de Surigae no Atlântico é com o furacão Wilma da temporada de 2005, que teve pressão mínima central de 882 mb.
A faster version of the animation reveals some trochoidal motion (wobble) of the eye — a behavior often seen in stronger tropical cyclones: https://t.co/XWHF5CmRic pic.twitter.com/DCFxC4aS5k
— Scott Bachmeier (@CIMSS_Satellite) April 17, 2021
E tem mais. O vento sustentado é de 165 nós (305 km/h), mas as rajadas no ciclone chegam a absurdos 200 nós (370 km/h).
“É como se fosse um tornado F5, o mais devastador, de gigantescas proporções e de enorme duração. Não sobra nada”, descreveu um meteorologista norte-americano