APAGÃO NA JUSTIÇA DIA 31
Servidores da Justiça no RS podem entrar em greve na próxima semana.
Categoria reivindica 18% de reajuste, mesmo percentual proposto para os magistrados, enquanto direção do TJ-RS oferece 12%
Reivindicando aumento salarial que não recebem desde 2015, servidores do Judiciário estão mobilizados e realizando paralisações desde a última terça-feira (21), quando cruzaram os braços por cerca de 40 minutos. Nesta quinta (23) o ato se repetiu por 1h, acontecerá novamente na próxima segunda (27) por 2h, na quarta (29) por 4h, até chegar na sexta-feira (31), quando a previsão é haver um “apagão total” dos trabalhadores durante o dia, com assembleia para decidir se entrarão em greve.
A Associação dos Oficiais de Justiça do RS (Abojeris) reivindica 18% de reajuste para todos os servidores do Judiciário. O TJ-RS, por sua vez, oferece 12%, em duas parcelas – 6% em junho deste ano e 6% em janeiro de 2024. Segundo análise da Abojeris, a inflação acumulada desde 2015 passa de 62%. Neste período, os servidores da Justiça tiveram apenas o reajuste de 6% concedido pelo governo estadual em 2022 para todos os funcionários públicos do Estado, sem reajuste na matriz salarial da categoria.
De acordo com a diretoria da Abojeris, a campanha em curso visa reforçar a importância dos trabalhadores do Judiciário e dos oficiais de Justiça que mantêm o contato direto com a população, utilizando veículo próprio e, muitas vezes, recursos também próprios para o cumprimento de mandados judiciais.
Por parte dos servidores ainda há a insatisfação do projeto da nova matriz salarial ter sido elaborado de modo unilateral, sem a participação dos trabalhadores. A insatisfação ainda vai além. Enquanto para os servidores do Judiciário está sendo oferecido 12%, a direção do TJ propõe 38% de reajuste, em parcela única, para os cargos de confiança do Tribunal, normalmente preenchido por assessores diretos dos magistrados.
A decisão será tomada na próxima sexta-feira (31) caso nada mude no diálogo entre direção do TJ-RS e servidores do Judiciário.
Crédito: Tchê Alegrete
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