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Representante da Empresa Fronteira Oeste diz aos vereadores que até maio deslancha

mar 17, 2022
Por ocasião da audiência pública realizada na noite de quarta-feira, na Câmara Municipal, para tratar sobre os problemas do transporte público na cidade, a direção da empresa Fronteira Oeste afirmou que em maio próximo as coisas se resolvem.
O encontro aberto pelo presidente da Câmara, Anilton Oliveira, foi promovido pela Comissão de Infraestrutura, Desenvolvimento e Bem-Estar Social (CIDBES) e conduzido pelo vereador Itamar Rodriguez, presidente da Comissão. Contou com a presença de vereadores, líderes comunitários e usuários do transporte coletivo.
O titular da empresa não pode comparecer, pois estava em viagem para adquirir mais dois ônibus em Santa Maria e foi representado por Luiz Guilherme Grierson Osório, que inclusive trabalhou na Câmara Municipal e pessoa com larga experiência no transporte coletivo na região.
Durante sua manifestação, disse que a empresa chegou em Alegrete com 10 ônibus para transportar 6 mil passageiros, dos quais 30 por cento idosos e usuários que não pagam. Aos poucos, retomou linhas e recuperou passageiros. Mas que a empresa tem 60 dias para implantar um novo sistema. Quando maio chegar, a Fronteira Oeste estará operando com 18 carros ,investindo de R$ 4 a R$ 5 milhões, inclusive adquirindo carros com ar condicionado.
As Queixas dos Usuários
Num segundo momento da audiência, o presidente da Comissão de Infraestrutura, vereador Itamar Rodriguez, abriu espaço para o público presente. Osmar Pires, do Grupo Esporte Para Todos, reclamou sobre a manutenção dos ônibus e mau funcionamento das rampas.
O ex-vereador Chico das Pedras, lembrou que antes as ruas eram péssimas, hoje, a maioria asfaltada ou com calçamento, mas mesmo assim, o transporte precisa melhorar. O presidente da UABA, Airton Alende, questionou como foi elaborado o contrato da Prefeitura com a empresa. Pediu que a empresa melhore as linhas, retome outras e que tenha carros melhores.
O representante dos alunos do IFFar, Michel Rodrigues, comentou sobre os ônibus sucateados, que estragam a todo momento e que os alunos, por tudo isso, têm medo, além do custo diário da passagem de R$ 14. Que há alunos deixando de estudar porque não conseguem pagar a passagem. Pelo Sindicato dos Comerciários, a presidente Elaine Fagundes extravasou sua insatisfação: “falta transporte público de qualidade” e cobrou ação dos vereadores. O presidente da CIDBES, Itamar Rodriguez, de pronto respondeu que a Casa está ouvindo a comunidade para encontrar caminhos.
A professora Ana Regina Morales fez veemente manifestação, questionando sobre a situação dos ônibus e disse que a empresa assinou contrato com o Município e, por conseguinte, com todos os usuários que precisam ter um serviço eficiente. Assim, não se pode aceitar, arrematou. O professor João Pedro Fernandes, do Stema, observou que os usuários do ônibus, entre os quais servidores municipais, chegam atrasados ao trabalho em função do transporte público. Angelita Gamino apresentou abaixo assinado e alfinetou “estamos cansados de andar nessas carroças”. Ainda pediu ônibus aos domingos nos bairros que não estão sendo atendidos. O líder comunitário José Eurico lamentou que o poder público não estivesse presente. Vereador Itamart respondeu que foi feito o convite e que a Administração disse que estaria presente.
Claudiomiro Caca Rocha, em sua participação, afirmou que se paga caro por um serviço, mas que a população usuária merece um transporte de qualidade. Sugeriu que em 60 dias seja realizada nova audiência pública.
Joceli Oviedo, do Bairro Piola comentou sobre os ônibus que quebram, que atrasam e o constrangimento dos usuários cadeirantes. Pediu mais respeito da empresa com a comunidade. Também se manifestaram Marta Mocelin, líder do bairro Nilo Gonçalves, e Denilse Figueiró, da Olhos D’Água.
A Manifestação dos Vereadores
O momento final da audiência pública foi para a participação dos vereadores. Eder Fioravante e Glênio Bolsson cobraram a presença do Executivo e secretários na audiência. Luciano Belmonte, sobre a exigência do cumprimento de cláusulas do contrato. Vagner Fan disse que o transporte público é direito social garantido à população e com qualidade do serviço. João Monteiro orientou as lideranças comunitárias e de classe no sentido de colocarem no papel as principais reivindicações e entregarem até 72 horas após na Casa para o devido encaminhamento.
João Leivas explicou que o prefeito não compareceu por motivo de viagem e o vice prefeito Jesse, com um compromisso externo no mesmo horário, também não pode comparecer, e que a administração vem tratando dessas problemática. Dileusa Alves disse da validade da audiência pública para se conhecer os problemas, mas que agora é aguardar o prazo da empresa para confirmar se as cláusulas estão sendo cumpridas. O vereador Fábio Bocão, lamentou ausência do prefeito e questionou como fica a segurança dos passageiros. “Estamos para ouvir e resolver os problemas”, resumiu o vereador Bispo Ênio Bastos.
Nova Audiência em Junho
No encerramento, o representante da empresa, Guilherme Grierson afirmou que a Fronteira Oeste presta um transporte de qualidade. E que, a partir de 6 de maio, estará com um novo desafio. E até provocou sugerindo que em junho seja realizada uma nova audiência para que a empresa prove que cumpriu o contrato. O secretário da Mesa, Jaime Duarte, disse que se sentia mais aliviado pelas palavras do representante da empresa.
O trabalho não termina aqui, pelo contrário, continua em seus próximos desdobramentos, encerrou o condutor da audiência pública, Itamar Rodriguez.
 
Texto: Alair Oliveira Almeida
Fotos: Pedro Mello/web Notícias Alegrete
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