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Quem são os policiais suspeitos pela morte de Gabriel. Defesas alegam inocência confira

ago 23, 2022

Os mistérios que cercam a morte de Gabriel Marques Cavalheiro, 18 anos, cujo corpo foi encontrado na localidade de Lava Pés na última quinta-feira, no município de São Gabriel, seguem sendo alvo de investigação e questionamento da comunidade gabrielense e de todo o Estado. 

 

Uma investigação está em andamento na Polícia Civil, que concedeu entrevista coletiva, na tarde desta segunda (22), e informou que pediu a prisão dos suspeitos pela justiça comum e ouvirá outros três policiais como testemunha. O outro inquérito policial militar está sob a responsabilidade da Corregedoria-Geral da BM. 

Também na segunda, os suspeitos tiveram o pedido de habeas corpus negado pelo Tribunal de Justiça Militar do Estado. Eles seguem presos em Porto Alegre.

Segundo o Ministério Público (MP), foi determinada a quebra de sigilo dos telefones do policiais, que já estão no Núcleo de Inteligência do MP.

Veja quem são e o que dizem as defesas

Dois soldados e um sargento suspeitos pela morte de Gabriel seguem presos preventivamente até a conclusão do inquérito. Uma investigação está em andamento na Polícia Civil, além de outro um inquérito policial militar que está sob a responsabilidade da Corregedoria-Geral da BM. Todos têm experiência na corporação, com atuação entre 6 e 16 anos. As defesas de alegam inocência.

Arleu Júnior Cardoso Jacobsen, 2° sargento

Conforme o canal da transparência do governo do Estado, Jacobsen tem 16 anos de atuação. Ingressou na BM em 27 de junho de 2006.
Em nota, os advogados Ivandro Bitencourt Feijó e Mauricio Adami Custódio informaram:
“A defesa peticionou requerendo acesso aos elementos de prova já documentados nas investigações tanto da Corregedoria da Brigada Militar quanto da Polícia Civil para tomar conhecimento completo dos fatos objeto da apuração. Desde já, bradamos a total inocência do constituinte e a total indignação de sua família por ocorrer, antes de tudo e de forma sumária o julgamento de antecipação de culpa em detrimento da cautela que deve existir nos procedimentos penais desta natureza. Causa espécie a essa defesa técnica, noticiar-se que a Chefia de Polícia Civil trabalhe apenas com uma única linha de investigação, sabendo-se que no contexto de um fato complexo, deve se observar todas as hipóteses variáveis sem açodamentos que levem a total inversão de presunção por parte de agente público que não ostenta qualquer comportamento à margem da ética policial militar ao longo de toda sua carreira. Mais uma vez reiteramos a inocência que para além de ser presumida pela Constituição Federal, é bradada por quem não teme os esclarecimentos e c ertamente está sendo injustiçado!”

Cleber Renato Ramos de Lima – Soldado

Conforme o canal da transparência do governo do Estado, tem 15 anos de atuação. Ingressou na BM em 12 de novembro de 2007

Raul Veras Pedroso – Soldado

Conforme o canal da transparência do governo do Estado, tem 5 anos de atuação. Ingressou na BM em 16 de novembro de 2016.

As advogadas Vania Barreto e Shaianne Lourenço Linhares, que defendem Lima e Pedroso, informaram:

“A defesa dos soldados Cleber Renato Ramos de Lima e Raul Veras Pedroso vêm a público esclarecer que atenderam uma ocorrência de perturbação do sossego envolvendo a vítima Gabriel Marques Cavalheiro e realmente conduziram-no até a localidade de Lava Pés, atendendo ao pedido da comunicante Sra Paula que não queria que o rapazpermanecesse nas proximidades de sua residência e do próprio Gabriel que disse que estava procurando uma prima que morava na localidade de Lava Pés. Quando Gabriel desembarcou da viatura estava bem, não foi agredido pelos policiais militares e os fatos que se sucederam após a liberação de Gabriel, eram imprevisíveis para os policiais militares. Aguarda-se o prosseguimento das investigações que certamente concluirá que os policiais nada têm a ver com a morte de Gabriel. É de interesse dos policiais que venha à tona a verdade dos fatos e para tanto, estão contribuindo com as investigações, tendo, inclusive, entregue seus aparelhos celulares, com a respectiva senha, para acesso pelas autoridades que investigam o caso. Aguardam com confiança o laudo pericial, que vai determinar a causa mortis e esclarecer definitivamente que os policiais militares não são responsáveis pela morte da Gabriel.”

Por Pâmela Rubin Matge – Diario de Santa Maria

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