• 20 de abril de 2024 03:44

Porto Alegre não terá ponto facultativo no feriado de Carnaval, afirma Melo

jan 29, 2021
Capital não terá as programações regulares envolvendo o calendário dos blocos de rua

Prefeito disse que, sem celebração, não tem como justificar dispensa da obrigatoriedade do funcionamento dos órgãos municipais

O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, informou na manhã desta quinta-feira em entrevista  que não haverá ponto facultativo – dispensa da obrigatoriedade do funcionamento dos órgãos municipais em determinadas datas comemorativas – no Carnaval 2021. De fato, a Capital nem mesmo terá celebrações oficiais por conta da pandemia de Covid-19, conforme decisão tomada pela União das Escolas de Samba de Porto Alegre (UESPA) e a União das Entidades Carnavalesca dos Grupos de Acesso de POA (UECGAPA) em dezembro passado. “Não tem carnaval, como eu justifico isso?”, questionou o mandatário, dizendo ainda que a prefeitura estará funcionando normalmente.

A administração municipal terá expediente regular na segunda-feira, 15, e na quarta-feira de Cinzas, 17. Porto Alegre não terá as programações regulares envolvendo o calendário dos blocos de rua, assim como já estava definido para o desfile competitivo das escolas de samba.

Melo disse que visitará a mãe em Goiás entre quinta e domingo da próxima semana, com o vice-prefeito Ricardo Gomes assumindo interinamente o comando do Executivo da cidade. “Vou passar três dias com ela, para estar aqui no carnaval e mostrar que a cidade está funcionando. O prefeito estará no Paço”, disse.

Ônibus

O prefeito também comentou sobre um projeto que pretende enviar ao Legislativo para tratar dos ônibus na Capital. A questão continua com um impasse em relação aos valores das passagens. Hoje, o estudante, independente da renda familiar, tem 50% de desconto, algo que Melo pretende mudar.

“Não concordamos com isso. Achamos que tem que limitar a renda. O sujeito que é camelô paga R$ 4,55, está sentado no mesmo ônibus que quem tem uma renda mais alta do que ele, e paga 50%. O pobre paga mais do que aquele que pode pagar mais”, argumentou.

Outra mudança projetada por Melo é a retirada da isenção à Guarda Municipal. “Não tem por que isso. Vamos propor também a criação da Escola de Motoristas, Fiscais e Mecânicos para os cobradores”, disse.

A ideia é criar um curso de capacitação, ainda sem fonte de financiamento, para os cobradores serem inseridos em outras atividades laborais. “Quando tiver sair um motorista, não se contrata um novo, mas aquele que está dentro do ônibus. Se eu tirar todos os cobradores do sistema, a passagem baixa 60 centavos. Se eu tirar gradativamente, vai indo assim. Tudo que baixa a passagem, tenho que tirar”, comentou.

 

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