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Porto Alegre acaba com obrigatoriedade de máscara em locais fechados

mar 19, 2022

 

Em reunião, avaliou-se o cenário atual da pandemia: número de casos, internações hospitalares e cobertura vacinal da população
Lauro Alves / agência RBS

O prefeito Sebastião Melo anunciou, na manhã desta sexta-feira (18), após reunião com sua equipe no Paço Municipal, que o uso de máscaras em locais fechados passa a ser facultativo em Porto Alegre.

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Fica mantida, entretanto, a obrigatoriedade da proteção no transporte coletivo e nos estabelecimentos de saúde, como hospitais, postos e clínicas. Escolas municipais e particulares devem seguir o decreto e não mais demandar máscaras por parte de estudantes e professores. A rede estadual tende a seguir o decreto do Piratini, que, por enquanto, só permite dispensar a proteção ao ar livre.

Os detalhes e as recomendações serão publicados em decreto ainda nesta sexta-feira e passam a valer de imediato.

A decisão de hoje ocorre exatamente uma semana após a prefeitura flexibilizar a utilização do equipamento de proteção individual (EPI) em locais abertos. Para avançar e permitir a desobrigação do uso de máscaras em lugares fechados, a administração avaliou o cenário atual da pandemia (número de casos, internações hospitalares, cobertura vacinal da população).

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Após a reunião, Melo falou com a imprensa. O prefeito destacou a importância da vacinação e salientou que “a pandemia ainda não terminou”.

– A gente quer recomendar à população que continue se vacinando e se cuidando. Só foi possível essa decisão com muita responsabilidade, muita vacinação – disse o prefeito.

Sobre as escolas, o prefeito foi contundente:

– Não vamos permitir que diretor decida pela escola. Educação municipal e privada é regrada pelo decreto que está aqui.

Fernando Ritter, diretor da Vigilância em Saúde da Capital, destacou que a exigência de máscara se mantém para o transporte público e privado.

– Transporte coletivo tem aglomeração muito grande. Quando chove se fecham as janelas, fica com maior risco de contágio – justificou Ritter.

Reflexo da liberação das máscaras ao ar livre

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 No início da manhã desta sexta, o infectologista Alexandre Zavascki, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e um dos especialistas consultados pela prefeitura antes da liberação das máscaras ao ar livre, ponderou que ainda é cedo para avaliar o impacto da medida tomada há apenas uma semana. Seria necessário mais tempo antes de se avançar no afrouxamento das restrições.

– Se olharmos os números, Porto Alegre e o Rio Grande do Sul diminuíram acentuadamente a velocidade de queda do número de casos. Tudo indica que deve cair numa velocidade muito pequena. Hospitalizações também tendem a um platô, e não a tendência de queda. Estamos vendo o que está acontecendo agora em vários países da Europa e nos Estados Unidos: um novo aumento de casos. Para várias pessoas, como idosos e imunossuprimidos, ainda é fundamental o uso de máscaras em qualquer ambiente, mas sobretudo nos ambientes internos –ressaltou Zavascki.

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