NOTA DE REPÚDIO CONTRA ATO DE VIOLÊNCIA PRATICADO POR DOIS SOLDADOS DA BRIGADA MILITAR DE ROSÁRIO DO SUL EM ALEGRETE
Nós profissionais da imprensa repudiamos com veemência as agressões e hostilidades ocorridas na noite desta quinta-feira (19) contra 2 profissionais que trabalhavam na cobertura de uma ocorrência que estava em andamento na DP de Alegrete, envolvendo o Exército Brasileiro com um caminhão acompanhados por uma viatura e dois Brigadianos de Rosário do Sul .
Os dois profissionais de imprensa sendo eles um diretor do jornal “EM QUESTÃO” e seu repórter Alex Stanrlei foram brutalmente agredidos por estes dois PMs foram gravateados, derrubados e chutados, tudo isso frente a DP, onde o que seria mais viável seria levá-los para dentro e apesentar para o plantonista onde os mesmo os identificaria como profissionais da imprensa , pois estão todos os dias no local buscando as ocorrências policiais, tudo isso incitado pelos militares do Exército tenente Patrícia Kappaun e o soldado Willian dos Santos Nogueira, ambos lotados em Rosário do Sul pois os militares proibiram fazer imagens do caminhão do exércitoque estav estacionado ao lado da DP.
Toda a violência é injustificável e covarde decorre da intolerância e da incapacidade de compreender a atividade jornalística, que é a de levar informação aos cidadãos.
Além de atentar contra a integridade física dos jornalistas, os agressores atacam o direito da sociedade de ser livremente informada.
Web Noticias Alegrete se solidariza com os profissionais vítimas das agressões e hostilidades e esperam que todos os fatos sejam apurados pelas autoridades responsáveis, com a punição dos agressores, nos termos da lei.
A liberdade de imprensa e o direito à informação são básicos nas sociedades democráticas, e estão sendo desrespeitados pelo autoritarismo dos agressores. Todos aqueles que prezam a democracia precisam se colocar contra esses lamentáveis episódios e se mobilizar para que não voltem a ocorrer. Sem jornalismo, não há democracia.
Um país democrático precisa de uma imprensa livre, que possa efetivamente comunicar o que está acontecendo. “Nós nos manifestamos hoje repudiando as agressões sofridas por esses profissionais e que merecem de nós e de toda a sociedade todo o respeito”.
Boletim de Ocorrência feita na DPPA de Alegrete
Os mesmos representarão contra o Estado e a Brigada Militar o ato covarde destes dois PMs , que foram com certeza isolados , pois a abordagem feita não representa os demais profissionais que sempre foram exaltados em matérias pela nossa imprensa pelos excelentes serviços prestados em Alegrete.
Os soldados da Brigada Militar que realizaram a abordagem nos dois profissionais da imprensa que resultou em agressões e lesões nos dois repórteres, como mostra na imagem abaixo foram os soldados Marion Soares da Silva e o segundo o soldado Santo André ambos de Rosário do sul .
Foto: Em Questão
Abaixo a matéria que foi postada no jornal EM QUESTÃO ONLINE contra a agressão sofrida :
Nossa equipe está ainda abalada por um triste episódio à qual fomos vítimas na noite de quinta-feira. O repórter Alex Stanrlei e o diretor Paulo de Tarso Pereira foram brutalmente agredidos por dois policiais militares da cidade de Rosário do Sul.
As agressões aconteceram na frente da Delegacia de Plantão e Pronto Atendimento de Alegrete. O motivo: proibição impetrada pelos militares do Exército tenente Patrícia Kappaun e o soldado Willian dos Santos Nogueira, ambos lotados em Rosário do Sul, do registro de imagens de um caminhão boiadeiro do Exército.
A tenente criou uma norma e fez o soldado cumprir. O repórter não poderia fazer imagem do caminhão estacionado ao lado da DPPA. Houve um ruído entre as partes e Alex Stanrlei abdicou desta imagem, mas fez a live registrando o fato e destacando o trabalho da BM de Rosário do Sul.
Havia outra pauta para ser cumprida, mas foi impedido pelo PM Santo André de Freitas. O diretor do Em Questão ao ser informado se deslocou até o local, se identificando, mas foi prontamente repelido por este policial.
O mesmo mantinha o repórter sentado no chão, na frente da Delegacia e ao ser questionado sobre aquela situação aviltante e quais crimes o repórter havia cometido, ficou visivelmente irritado.
Exigiu a comprovação de que o jornalista era mesmo diretor do jornal, e obteve a resposta de que ninguém anda com um contrato social no bolso. Então, o PM, Santo André, alegou que a cnh do repórter não estava em dia, apesar do repórter não estar dirigindo.
Neste momento, Alex pediu pra ser conduzido pra dentro da Delegacia para que o ato administrativo fosse feito de forma digna.
Como a cada argumento o PM ficava mais alterado, Paulo de Tarso passou a gravar a forma acintosa e prepotente com que o caso estava sendo conduzido.
Isto perturbou ainda mais o PM, sendo que neste instante saltou pelas costas do diretor do jornal o segundo policial militar, Marion Soares da Silva, que de forma truculenta deu uma forte gravata no jornalista, que passou a ficar com falta de ar, sendo asfixiado e tendo seu pescoço cada vez mais garroteado pelo violento policial.
O jornalista foi derrubado e chutado, além de ter seu celular arrancado de suas mãos. O repórter Alex, na tentativa de impedir que a agressão covarde continuasse, também foi imobilizado e de repente os dois PMs o derrubaram. Alex foi arrastado, sendo que o PM Marion subiu sobre suas costas, quando já estava imobilizado e algemado.
Os dois repórteres foram detidos. Os dois militares que fomentaram toda a série de atos violentos, de truculência gratuíta, não impediram a sessão de espancamento, apesar do apelo do jornalista.
Já no interior da DPPA o PM Santo André continuou provocando na tentativa debochada e desairosa de humilhar o diretor do jornal, com charadinhas baixas do tipo, ” tu é um velho, nem pode estar na rua nesta hora”.
Mal sabe ele, que além de ferir, causar lesões corporais e obstruir e cercear o trabalho da imprensa vai render-lhe a instauração de um inquérito policial onde responderá por abuso de autoridade.
Depois virão as ações que o advogado José Luiz Nemitz ingressará junto a Corregedoria da Brigada Militar e à Comissão de Direitos Humanos na esfera municipal e estadual.
Com relação aos dois militares que deram causa, com interpretação obtusa da Lei, o rito será na esfera do Ministério Público Militar com o pedido da instauração de um IPM.
Nesta sexta-feira, devido as dores, as lesões e à exaustão física e psicológica os repórteres não conseguiu levar ao ar o Programa Pagina 2, pelo facebook, e a edição on line do Em Questão será publicada, excepcionalmente no sábado.
De outro lado, o Em Questão agradece o bravo trabalho do advogado José Luiz Nemitz, do apoio irrestrito dos familiares às vítimas desta sórdida noite de quinta-feira, além do acolhimento do Delegado Valeriano Garcia Neto, aos pleitos do Em Questão.
Os comunicadores já realizaram exames de corpo delito e segunda-feira prestam depoimento no inquérito Policial que vai apurar o crime de abuso de autoridade.
De resto é agradecer à solidariedade do repórter Dariano Morais por ter colocado sua plataforma digital à serviço das garantias individuais e liberdade de expressão.
O Em Questão ainda agradece às manifestações de solidariedade, apoio, carinho e amizade de internautas, amigos e familiares. No mesmo compasso reafirmamos o propósito de nos mantermos firmes e retos na defesa do desempenho de uma das mais caras instituições democráticas que é o ato de exercer o jornalismo.
Encerramos lamentando as atitudes irresponsáveis destes funcionários públicos que não zelam pelo peso históricos destas honradas fardas, às quais empenhamos grande respeito e reconhecimento.
Foi um ato isolado, mas que serve de alerta, porque estamos certos que nem a BM e nem o EB comungam com tais práticas.
A Direção