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Doença da lagartixa em gatos: veja o que a ingestão do réptil doméstico pode causar

ago 15, 2023

A doença da lagartixa, ou platinosomose felina, é uma doença pouco conhecida mas que pode trazer diversas complicações à saúde do gato. A condição recebe esse nome pois a contaminação ocorre depois que o gato come lagartixa contaminada com um parasita. Mas afinal, o que a doença da lagartixa em gatos causa no animal? O Patas da Casa te explica a seguir como essa doença se manifesta no bichano e quais são os seus perigos para a saúde do gato. Confira!

O que é a doença da lagartixa?

A doença da lagartixa é causada por um parasita que passa por três hospedeiros em um ciclo. Tudo começa quando um gatinho infectado libera os ovos do verme causador da doença por meio das suas fezes. Esses ovos acabam entrando no caracol, que é o primeiro hospedeiro intermediário. Depois de mais ou menos um mês, esses ovos se multiplicam e voltam para o ambiente, passando a ser ingeridos por besouros ou percevejos. As lagartixas, por sua vez, comem esses insetos e, consequentemente, os vermes passam a se alojar em seu interior. Então, quando o gato come lagartixa, lagarto ou sapo infectado, contrai a doença para si, reiniciando todo o ciclo novamente.

Doença da lagartixa em gatos: sintomas variam de acordo com a quantidade de vermes no organismo

Os sintomas da doença da lagartixa em gatos podem começar mais brandos e se agravar com o tempo. Depois que o gato comeu lagartixa contaminada, os vermes entram no organismo. Dependendo da quantidade de parasitas, a intensidade dos sintomas varia. Alguns bichanos podem, inclusive, ser assintomáticos ou apresentar sinais comuns a diversos outros problemas de saúde. Os sintomas mais comuns são o gato com diarreia, perda de apetite, perda de peso, apatia e anemia. No caso de uma infestação mais intensa, os sintomas da doença da lagartixa em gatos passam a ser mais perigosos, pois outras partes do corpo são afetadas.

A doença da lagartixa pode levar a problemas graves no fígado

O órgão mais afetado pela doença da lagartixa em gatos é o fígado, pois esse é um dos locais preferidos do parasita para se alojar. Quando o gato come lagartixa infectada e adquire a platinosomose, ele começa a apresentar sintomas típicos de doenças hepáticas. Um dos problemas mais frequentes em bichanos infectados com platinosomose é a hepatomegalia, uma condição caracterizada pelo aumento do fígado. Esse crescimento excessivo do órgão é perigoso, pois pode resultar em insuficiência do fígado.

A doença da lagartixa em gato também pode resultar em problemas nos ductos e vesícula biliar. Outra condição muito comum na doença da lagartixa é a ascite em gatos, que é quando há um acúmulo de líquido na cavidade abdominal e, consequentemente, inchaço na região.

 

Doença da lagartixa: sintomas incluem aumento do fígado, icterícia e inchaço abdominal

Pele e mucosas amareladas são sintomas da doença da lagartixa em gatos 

Em quadros de doença da lagartixa em gatos, os sintomas lembram bastante aos de doenças hepáticas, como a lipidose hepática felina. Um dos primeiros sinais que um animal apresenta quando seu fígado não está funcionando bem são as mucosas amareladas, uma condição chamada icterícia em gatos. É comum que o bichano contaminado com a doença da lagartixa apresente a pele, o céu da boca, a gengiva e os olhos bem amarelados. A explicação dessa coloração diferente está no excesso de um pigmento amarelo chamado bilirrubina no sangue. Em um animal saudável, esse pigmento passa pelo fígado. Já em um gato com doença da lagartixa ou que sofre de doenças hepáticas, o fígado não consegue processar a bilirrubina corretamente. 

Doença da lagartixa em gatos: tratamento rápido é fundamental

A doença da lagartixa tem cura, mas o tratamento costuma ser mais eficaz com o diagnóstico precoce. O tratamento da platinosomose felina é feita com o uso de vermífugos específicos. Eles são formulados especialmente para esse tipo de problema. Portanto, outros tipos de vermífugos para gatos não curam a doença da lagartixa. O gato pode precisar ainda de tratamento de suporte, como soro ou outros medicamentos que ajudam o fígado e a vesícula biliar a se recuperarem. 

 

Redação: Maria Luísa Pimenta

 

Edição: Luana Lopes

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