• 19 de abril de 2024 06:22

Chuva pode atingir 300 mm em algumas cidades gaúcha

abr 25, 2022

Volumes excepcionalmente altos de chuva em parte do Rio Grande do Sul com sucessivas e intensas áreas de instabilidade

Os volumes de chuva até quinta-feira podem ser excepcionalmente altos em pontos do Centro para o Oeste e o Sul do Rio Grande do Sul. Algumas cidades podem registrar volumes na soma desta semana de 200 mm a 300 mm, ou seja, duas a três vezes a média de precipitação do mês de abril inteiro. Cenário de chuva extrema em meio à uma onda de tempestades de vários dias entre a Argentina, o Uruguai e o Rio Grande do Sul e que será especialmente intensa na Argentina.

Os acumulados de precipitação devem ser altíssimos nas áreas de Quaraí, Livramento, Rosário do Sul, São Gabriel, Dom Pedrito e Bagé. Podem ser muito altos ainda em municípios da Serra do Sudeste e em pontos do Centro do Estado na área entre Santa Maria os vales do Rio Pardo e do Taquari.

Sucessivas áreas de instabilidade associadas a uma intensa advecção de ar quente a partir do Norte da Argentina estão se formando entre o Centro, o Oeste e o Sul do Rio Grande do Sul com registro de temporais em que ocorrem chuva localmente forte a intensa, muito raios, vendavais localizados e queda de granizo.

A sucessão de áreas de instabilidade que se formam a todo momento ou se regeneram acaba por produzir volumes de chuva muito altos nestas regiões com acumulados significativamente altos. Em contrapartida, em cidades mais ao Norte e o Noroeste do Estado pouco ou nada chove sob o domínio de ar mais seco e quente.

Muitas nuvens cobrem o Rio Grande do Sul e chove na maioria das regiões no começo do dia, forte e com temporais em pontos isolados. A chuva se concentra no Oeste, Centro e Sul do Estado. Mais ao Noroeste e ao Norte gaúcho, perto de Santa Catarina, não chove.

Ao longo desta terça, a instabilidade se concentra no Leste com chuva intercalada com aberturas de sol enquanto pelo Oeste o tempo abre com sol e forte aquecimento pelo ingresso de ar mais seco e quente. O dia é abafado e tem vento do quadrante Norte com rajadas no Centro e na Metade Oeste, onde aquece mais e com calor na Fronteira Oeste.

ÚLTIMAS PROJEÇÕES DE CHUVA

O mapa abaixo mostra a projeção de chuva das 12Z de hoje do modelo WRF da MetSul com a tendência de chuva até 9h da quinta-feira. Observa-se a tendência de a chuva passar dos 100 mm em muitas áreas do Centro, Oeste e o Sul gaúcho com marcas de 200 mm a 300 mm em alguns pontos.

Já o mapa abaixo mostra a tendência de chuva a partir da rodada das 12Z de hoje para 72 horas do modelo meteorológico alemão Icon. O modelo indica chuva volumosa em pontos do Oeste e do Sul gaúcho, embora sem os acumulados tão extremos quanto os indicados pelo WRF.

O assinante da MetSul Meteorologia tem acesso a qualquer hora a todos os mapas deste boletim e muitos outros com projeções de chuva acumulada, temperatura, risco de geada, risco de granizo, índices de instabilidade atmosférica para tempestades, gráficos de previsão e muito mais a partir do nosso modelo de alta resolução WRF e os principais modelos meteorológicos internacionais como o norte-americano GFS, o Europeu, o alemão Icon, o canadense e outros. 

QUANTO JÁ CHOVEU

Os volumes de chuva já são extremamente altos apenas com as precipitações desta segunda-feira em parte do Rio Grande do Sul, notadamente no Oeste, o que reforça a probabilidade de o modelo WRF estar correto em sua projeção de chuva de 200 mm a 300 mm em alguns municípios. Mesmo a possibilidade de a chuva ultrapassar 300 mm em alguns pontos não pode ser afastada.

Os acumulados de chuva apenas desta segunda-feira até às 20h atingiam 180 mm em Quaraí, 149 mm em Rosário do Sul, 143 mm em Livramento, 100 mm em São Gabriel, 78 mm em Bagé, 55 mm em Caçapava do Sul e 52 mm em Pedro Osório. Chove muito desde cedo na fronteira com o Uruguai e há alagamentos.

A MetSul adverte que diante deste cenário de chuva extrema são prováveis inundações e alagamentos em zonas urbanas e rurais com possibilidade de pessoas serem desalojadas. Outro risco é de subida de arroios e córregos com transbordamento, além de cheias de rios que cortam estas cidades mais ao Centro e o Oeste do Estado como o Santa Maria e Ibirapuitã.

 

 

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