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Caminhoneiros argentinos bloqueiam rodovias por falta de diesel

jun 23, 2022

Protesto acontece no momento em que a Argentina, um dos maiores produtores mundiais de milho e soja, se encontra no auge da safra de grãos

Os sindicatos de transporte da Argentina iniciaram pois, um protesto nesta quarta (22) com bloqueios de rodovias em diferentes partes do país. Isso ocorreu em protesto contra a escassez de diesel. Assim como, devido aos preços excessivos de combustível.

Os sindicatos de transporte da Argentina iniciaram pois, um protesto nesta quarta (22) com bloqueios de rodovias em diferentes partes do país. Isso ocorreu em protesto contra a escassez de diesel. Assim como, devido aos preços excessivos de combustível.

Aliás, justamente em um momento em que a Argentina está no auge da safra de grãos, há bloqueios nas rodovias. Esses bloqueiros geraram sete quilômetros de congestionamento, desse modo,  nos arredores de Buenos Aires. O país é um dos maiores exportadores mundiais de milho e soja.

Entretanto, em nota, o Sindicato Nacional dos Transportadores (UNTRA) disse que vai cessar as atividades. “Com a finalidade de corrigir as ações que o tenham causado, ainda mais em prejuízo do transporte”. O sindicato solicitou o estabelecimento de uma medida para que as tarifas sejam, assim, proporcionais ao aumento do combustível, que está em falta há semanas.

Aliás, outros sindicatos de transporte aderiram ao protesto. As entidades denunciaram, desse modo, que o diesel só está disponível a preços muito mais altos.

21 províncias estão com problemas de desabastecimento

Caminhão de soja: caminhoneiros da Argentina, uma das maiores produtoras mundiais do grão, protestam por falta de diesel (Reuters/REUTERS/Paulo Whitaker)

Caminhão de soja: caminhoneiros da Argentina, uma das maiores produtoras mundiais do grão, protestam por falta de diesel (Reuters/REUTERS/Paulo Whitaker)

Os sindicatos de transporte da Argentina iniciaram uma paralisação nesta quarta-feira com bloqueios de estradas que já atingem 21 províncias do país, ocasionando enormes dificuldades aos setores produtivos e de transporte de cargas. Eles protestam contra a falta de diesel além dos preços altos do combustível.

Diante da maior adesão aos protestos, o governo abriu uma instância de diálogo com o objetivo de colocar um ponto final no conflito, segundo jornais locais. De acordo com o site Infobae, o Ministro dos Transportes, Alexis Guerra, se reunirá no fim da tarde com os setores que esta manhã bloquearam a rodovia Buenos Aires-La plata.

O protesto acontece no momento em que a Argentina se encontra no auge da safra de grãos – o país é um dos maiores produtores mundiais de milho e soja. Só nos arredores de Buenos Aires, os bloqueios nas estradas provocaram mais de sete quilômetros de congestionamento .

A paralisação nacional por tempo indeterminado é organizada pela Associação de Tranportadores Unidos da Argentina ( TUDA), citando tanto a falta de diesel como as diferenças de preços existentes entre postos de rede credenciados e os independentes, assim como no mercado atacadista do combustível.

Caminhoneiros protestam contra alta do diesel na Argentina

“O setor está muito complicado, não apenas pelo problema do combustível, mas também porque a falta de insumo, nos afeta assim como a falta de acesso a financiamento em um momento em que os custos não param de subir”, disse o presidente da TUDA, Santiago Carlucci.

No âmbito da escassez do combustível na Argentina, os preços praticados no interior são mais caros. Em províncias mais afastadas de Buenos Aires, o preço por litro do diesel está em torno de 185 pesos e 190 pesos. O preço pode subir para 230 pesos caso queiram transportar mais do que 200 litros por caminhão por conta da falta do combustível.

Por falta de diesel, transportadores da Argentina bloqueiam rodovias

Caminhoneiros do interior também reclamam do aumento de outros custos relacionados ao setor de transportes, como o de pneus e de seguros.

A falta de combustível e os altos preços praticados no interior começam a afetar as colheitas da região. Em entrevista ao portal “TN”, o presidente da Associação de Produtores Agrícolas e Pecuária do Norte da Argentina, Augusto Battig, disse que essa alta poderá afetar o escoamento da produção local.

Crise do diesel: 26% dos caminhoneiros já esperam mais de 12 horas para  abastecer na Argentina | CNN Brasil

“É uma loteria para saber o quanto vão cobrar pelo transporte da produção. E não se pode hesitar em pagar, já que quando um limão passa, não conseguimos exportar. O problema atualmente não é quanto custa o diesel, mas se tem disponível”.

 

Adesão

Em sua conta no Twitter, o presidente da sociedade Rural Argentina, Nicolás Pino, se pronunciou a favor do protesto dos transportadores de cargas. “Compartilhamos o movimento realizado pelos caminhoneiros em distintas áreas do país porque sem diesel não podemos seguir. São eles que transportam todos os dias insumos e produtos que o campo consome e produz”.

Segundo ele, o governo deve garantir o abastecimento dos combustíveis para que os setores possam continuar trabalhando.

Na Argentina, caminhoneiros já enfrentam escassez de diesel

A Associação Argentina de Produtores Agropecuários (AAPA) também anunciou sua adesão à paralisação. Em comunicado, os integrantes da entidade afirmaram que “o espírito de nossa associação é contribuir com o desenvolvimento de uma agricultura sustentável e com a melhora do nível de vida dos produtores agropecuários argentinos e da sociedade em conjunto”.

(Agência O Globo)

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