Thayná de Oliveira Ferreira afirmou, em nota, que não houve fato algum que pudesse desabonar a conduta dela.
Thayná de Oliveira Ferreira, babá do menino Henry Borel, disse ao Fantástico, em nota, que se reserva o direito de prestar quaisquer declarações após o depoimento na delegacia. Que está com muito medo dos ataques que está sofrendo de pessoas que nem sabem o que aconteceu, uma vez que não tem responsabilidade nenhuma do ocorrido. E que não houve fato algum que pudesse desabonar a conduta dela.
Segundo polícia, a troca de mensagens entre a babá e a mãe do menino, Monique Medeiros, foi peça fundamental nas investigações. Em uma conversa por aplicativo, a babá narrou em tempo real para Monique a suposta tortura de Henry por Dr. Jairinhono dia 12 de fevereiro, o que revelaria a rotina de sofrimento e maus-tratos que o garoto vivia.
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Na quinta-feira (8), Monique Medeiros e Dr. Jairinho foram presos no Rio. Henry, que estava no apartamento da mãe e do padrasto, foi levado por eles ao hospital, onde chegou já sem vida na madrugada de 8 de março. O casal foi preso por suspeita de homicídio duplamento qualificado –com emprego de tortura e sem chance de defesa para a vítima –, por atrapalhar as investigações e por ameaçar testemunhas para combinar versões.
Perícia contradiz versão de acidente
Os peritos testaram as hipóteses de um possível acidente, o que Monique e Jairinho alegam como defesa. Mediram a altura da cama, da poltrona e de uma estante. Analisaram se o impacto uma queda poderia resultar nos 23 pontos lesionados identificados no corpo de Henry.
Nas figuras representando o menino aparecem escoriações, hematomas, infiltrações hemorrágicas em três partes da cabeça, contusões nos rins, pulmão e laceração no fígado. O laudo afirma que as lesões constatadas no corpo são sugestivas de diversas ações contundentes e diversos graus de energia, sendo que as lesões intra-abdominais foram de alta energia. E conclui: a quantidade de lesões externas não pode ser proveniente de uma queda livre.
“Na reprodução simulada foi possível constatar que não há a menor hipótese, não há a menor condição dele ter caído, quer seja da cama, quer seja da poltrona que estava ao lado, de uma estante que tem 1,20m de altura. Eles fizeram todas as medições e viram que em nenhuma dessas circunstâncias ele teria essas lesões que apresentou necropsia”, diz a perita Denise.