Wanderson Oliveira dos Santos foi levado para a cadeia de Natividade no fim da tarde desta quinta-feira (26). Ele é o motorista do caminhão que invadiu a contramão e atingiu uma van com pacientes que voltavam para casa, no interior do Tocantins, depois de fazer exames em Palmas.
Doze pessoas morreram: quatro homens, sete mulheres e uma bebê de apenas quatro meses. Outras quatro ficaram feridas, incluindo o caminhoneiro e mulher dele. Wanderson foi preso em flagrante depois de fugir do hospital onde estava sendo atendido.
O caminhoneiro deve responder por homicídio culposo, sem intenção de matar. Nesta sexta-feira (27), ele vai passar pela audiência de custódia, para saber se vai responder o processo em liberdade. A polícia viu inconsistência no depoimento.
“Ele me narrou que seguia em direção a cidade de Natividade e que se encontrava atrás de uma outra carreta. E que ao verificar que não seria possível ultrapassar, ele permaneceu atrás. Em uma primeira análise, se ele estivesse atrás do veículo, como afirmou, o acidente não teria acontecido”, diz o delegado que cuida do caso.
A defesa disse que o motorista do caminhão saiu do hospital porque se sentiu ameaçado, e que iria se apresentar na delegacia.
“Quanto ele ficou no hospital de Natividade e tomou alta, ele ficou sozinho e não tinha condições de permanecer lá devido às ameaças e ao que aconteceu., diz Felício Cordeiro, advogado do caminhoneiro.
A van é da prefeitura de Almas, município localizado a 307 quilômetros de Palmas. Foi preciso uma força-tarefa de médicos legistas para liberar os corpos.
O seu Aristides estava na van e sobreviveu.
“Quando eu dei pé, foi o baque. Eu saí pela porta. Acho que não sei se a porta abriu, nem se eu saí pela janela dela aí”, diz.