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Estiagem que afeta diversas regiões do Rio Grande do Sul provoca perdas em lavouras de soja e milho com perdas crescentes no campo

jan 23, 2025

          A chuva muito irregular e com caracterização de estiagem em parte do Rio Grande do Sul agrava as perdas no campo no momento crítico da safra de verão, com perdas em lavouras de milho e soja. A quebra da safra de soja é significativa em alguns locais do território gaúcho e agricultores descrevem as perdas como irreversíveis e consolidadas. A Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS) divulgou dados preliminares apontando uma possível quebra de 21% na safra de soja no Estado, devido à falta de chuvas regulares. O estudo, realizado pela Rede Técnica Cooperativa (RTC/CCGL), mostra uma redução na produtividade estimada, de 61 sacos por hectare para 47,8 sacos. Segundo Paulo Pires, presidente da FecoAgro/RS, as perdas são preocupantes e variam significativamente entre regiões e cooperativas, podendo oscilar entre 5% e 50%. As regiões mais afetadas, conforme monitoramento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), incluem Alto Uruguai, Fronteira Oeste e Missões, onde há perdas irreversíveis, especialmente nas áreas semeadas em outubro. Mesmo a chuva retornando para algumas áreas neste final de janeiro, os prejuízos já são irreparáveis. Pires destaca que a falta de precipitações impacta diretamente a economia local, gerando mais uma frustração para os produtores.

“É cedo para definir isso, e a variação de produção é muito grande de cooperativa para cooperativa, de região para região ou dentro de uma mesma região”, destaca o presidente da Fecoagro-RS, acrescentando ainda que essas quedas de produtividades mesmo dentro de uma região ou uma cooperativa podem variar de 5% a 50%. Em relação ao milho, a colheita está avançada em áreas mais quentes, como Missões, com cerca de 70% das lavouras já colhidas em municípios como Santa Rosa e São Borja. No entanto, a estiagem, que persiste desde dezembro, tem prejudicado o desenvolvimento das plantas em fases críticas como florescimento e enchimento de grãos.

O tempo seco, embora tenha acelerado a colheita do milho na maioria dos municípios, trouxe estresse hídrico e perdas de produtividade. Segundo a Conab, a colheita nacional da safra de milho soma atualmente 4,4%. MAPAS MOSTRAM O AVANÇO DA ESTIAGEM O muito chuvoso ano de 2024 criou uma reserva hídrica que impede que o quadro atual seja ainda mais grave no Rio Grande do Sul, mas com o calor e o tempo seco as reserva hídricas no solo começaram a se reduzir considerável e rapidamente em parte do estado nas últimas semanas.

Os mapas abaixo com os dados do sistema GRACE da NASA mostram que houve uma redução bastante considerável da umidade do solo no Oeste e em especial no Noroeste do Rio Grande do Sul com grande déficit de umidade superficial no solo em pontos do Noroeste. 

 

 

 

 

 

 

        O pior ocorreu na segunda semana de janeiro, mas precipitações localizadas e até em alguns pontos volumosas nesta segunda metade do mês melhoraram a presença de umidade no solo em parte do território gaúcho. Uma preocupação é justamente a perda de umidade do solo pela evapotranspiração. Os dias têm sido muito quentes no Oeste e no Noroeste do Rio Grande do Sul com marcas que passam dos 35ºC e no último fim de semana chegaram a superar a marca dos 40ºC.

 

           A evapotranspiração é o processo combinado de perda de água para a atmosfera, que ocorre tanto pela evaporação direta do solo quanto pela transpiração das plantas. Esse fenômeno desempenha um papel fundamental no ciclo hidrológico, influenciando o balanço hídrico e a disponibilidade de água para as culturas agrícolas. Quando a evapotranspiração é intensa, a água disponível no solo pode se esgotar rapidamente, reduzindo a umidade e tornando-o menos propício ao desenvolvimento das plantas.

 

        Isso é particularmente crítico em períodos de estiagem, quando a reposição de água pelo sistema natural ou irrigação é limitada. COMO AJUDAMOS VOCÊ NA ESTIAGEM No momento em que a estiagem afeta parte do Rio Grande do Sul e as perdas crescem no campo, é fundamental que o produtor rural conte com ferramentas para planejar as suas atividades e aumentar a sua produtividade diante de um cenário adverso.

 

 

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